HINO A NINKASI
Hoje vou amargar após horas depois
Hoje vou amargar
Te ver chorar depois ou ver sorrir.
Faço um dia fraco parecer encantador
Faço as pessoas atraentes como cor
Bárbaros que clamam na taverna meu sabor
Entram na conversa seja sobre o que ela for
Hoje vou amargar
É só mais um ou dois
Tem mais para o final
Hoje vou amargar
Não vão lembrar depois
Ou só do que vão lhe dizer
Entro bem calada na goela pra repor
Tudo que procuram sem saber que procurou
Quando me consome não sabe quem acordou
Olha-me com espanto sabe que exagerou
Aonde vai? Meu nobre senhor?
Aqui tem mais. Sua conta não fechou.
Pesa atrás. Não levanta se não cai!
Finge que faz cara de quem agüentou.
Hoje vou amargar
Nem ligo pra depois
Hoje vou amargar
Já se vê mais de dois
Eu sei que agrado homem, rei e faraó
Pelo meu amargo gosto de me servir só
Só quando provoco meu efeito dominó
Pedem no outro dia para que eu sinta dó
Gosto de amargar
Vão me culpar depois
Vivo pra amargar agora ou depois
Nem tudo é bom continuar
Armo um teatro todo espetacular
E finjo que faço companhia quando dá
Quando já encarna o papel vai sem saber
Se afogar no copo que tanto ousou beber
Aonde vai? Meu nobre senhor?
Aqui tem mais. Sua conta não fechou.
Pesa atrás. Não levanta se não cai!
Finge que faz cara de quem agüentou.
E o que parece que é bom, mas que não é
É tão mais fácil não crer ou ignorar
Pensar: Comigo nunca vai acontecer
Abre caminho para eu me aproximar
Vai sentir de mim só o amargo da dor